INTRODUÇÃO:
Em 1º de agosto de 2025, o Grupo GAMA iniciou o debate sobre o impacto do “tarifaço” americano no setor de Food Service. À época, já se vislumbrava um cenário de aumento de custos e complexidade logística. Hoje, com tarifas de até 50% sobre produtos brasileiros a partir de 6 de agosto de 2025, o tema tornou-se urgente para empresas que dependem de insumos importados ou exportam para os EUA.
Rafael Melo, Head de Supply Chain Food Service do Grupo GAMA, atua como o principal especialista na interface entre logística, operação e estratégia corporativa neste contexto.
1. Contexto Atual: Onde estamos e para onde vamos
A nova alíquota de 50% sobre importações brasileiras não consiste apenas em um choque tarifário – é resultado direto de tensões políticas entre EUA e Brasil.
Apesar das isenções para ~700 produtos (como suco de laranja e aviões), setores-chave como café, carne bovina e spices foram atingidos diretamente.
A maior parte dessas exportações representa cerca de 60% do total enviado aos EUA; porém, pelo menos 36% das exportações estão protegidas por isenções, reduzindo mas não eliminando o impacto global.
Economistas projetam impacto modesto no PIB brasileiro — entre 0,1 e 0,3 p.p., com o setor de Food Service enfrentando desafios de custo e disponibilidade
2. O impacto sobre o Food Service
- Aumento de custos de importação: insumos como café especial, carne bovina e especiarias sofrerão elevação tarifária direta, reduzindo margens.
- Pressão sobre preços ao consumidor: restaurantes e cafeterias poderão repassar parte do custo aos clientes, impactando volume de consumo.
- Desorganização de fornecedores: cadeias logísticas internacionais serão afetadas; empresas serão forçadas a buscar alternativas ou negociar novos contratos.
- Estoque em risco: com giro de estoque mais lento e shelf-life crítico, os recursos em trânsito ou estocados podem gerar perdas significativas.
3. Por que a governança da Supply Chain é a bússola que salva?

a) Visibilidade total
Sistemas de rastreabilidade em tempo real permitem tomar decisões com agilidade diante de rupturas inesperadas ou reajustes cambiais.
b) Decisão estratégica baseada em dados
Com dashboards integrados (ERP + BI), a equipe executiva pode reequilibrar mix, renegociar volumes e antecipar interrupções.
c) Planejamento colaborativo junto aos fornecedores
A governança eficaz incentiva trocas transparentes de dados, antecipando gargalos e ajustando pedidos de forma mais eficiente.
d) Inovação operacional e de cardápio
Sob liderança de Rafael Melo, recomenda-se substituições estratégicas — insumos alternativos, ingredientes com menor volatilidade ou novas fontes regionais — para mitigar riscos.
e) Mitigação ativa de riscos
Criação de contingência (multi-sourcing, planos de reposição rápida) é fundamental para evitar desabastecimento.
4. Framework de ação (modelo CEO-level)
AIDA adaptada para líderes:
- Atenção: impacto direto das novas tarifas no fluxo operacional e financeiro.
- Interesse: visões práticas de governança como diferencial competitivo.
- Desejo: reduzir perdas, proteger margens e manter agilidade.
- Ação: implementar governança da cadeia com visão tática end-to-end.
Outros frameworks úteis:
- PAS: identificar o Problema (tarifaço), Agitar o impacto (custos, rupturas) e propor a Solução (governança eficaz via Grupo GAMA).
- 4Ps: People (treinar time), Process (governança), Platform (digitalização) e Performance (KPIs claros).
5. O diferencial do Grupo GAMA com Rafael Melo
- Experiência especializada em Food Service e cadeia de suprimentos, com histórico prático em crises de custo e volatilidade;
- Atuação consultiva + execução tática, alinhada com a proposta de BPO Inteligente da GAMA;
- Abordagem personalizada, que integra inovação digital, análise de dados e visão estratégica.
6. Recomendações práticas para CEOs e diretores
Ação | Descrição |
Auditoria de estoque e fornecedores | Identificar exposição a produtos impactados por tarifas e revisar contratos. |
Diversificação de sourcing | Estabelecer fontes regionais ou alternativas para minimizar dependência externa. |
Digitalização da governança | Adotar sistemas de rastreamento e modelagem de risco. |
Simulações de impacto | Criar cenários de 25-50% de aumento de custo e desenhar planos de ação. |
Treinamento contínuo de equipe | Baseado no modelo CHA: conhecimento, habilidade e atitude operacional. |
7. Conclusão
Em meio a um cenário de incerteza amplificada pelas tarifas de 50% sobre insumos brasileiros, a governança estratégica da supply chain não é apenas relevante — é essencial para a resiliência e competitividade no setor de Food Service.
Sob a liderança do Rafael Melo, o Grupo GAMA se posiciona como parceiro capaz de transformar riscos em vantagens estratégicas, por meio de governança, digitalização e execução dedicada.